É desta missão de cifra que sou e padeço…

Minha simplicidade veio e acabou,
Não me brindei brinquedo, bar fronteiriço
Doutra lógica dimensão a que não vou.
É desta missão de cifra que sou e padeço

É dela e do epígrafo que me meço, pensá-la
É imaginá-la de dentro, soo-me a desfavor do projecto,
Como uma leal bofetada a ressoar em pleno
Peito, lenta e repetida, autentica, crível

Creio-a real e é-me devido crer no que acaba
(Temporário sacerdócio de existência do ser)
A minha simplicidade veio e acabou. Sem facho,
Estive corpo presente no santuário, me cerca

A hora de pertencer à intenção que inspiro. Sinto
No despido corpo, em tudo igual ao pó, eu só.
Reconheço a loucura só de a ver sorrir, pelo tom,
Que chorar me faz falta, por cínico que seja eu,

Sei que choro e acabo esquizofrénico d’o sentir
Mesmo que o meu chorar seja a rir do afinal
Das coisas que, nem têm sentir, apenas conveniência
Meias, entre lidos sinais, ilusão provada do meu pensar.

(É desta missão de cifra que sou e padeço…)

Joel Matos (10/2014)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Viernes, Febrero 23, 2018 - 18:09

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 6 semanas 5 días
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

A hora de pertencer à intenção que inspiro. Sinto-a

A hora de pertencer à intenção que inspiro. Sinto-a

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Ministério da Poesia/Aforismo Inquilino 0 8.893 11/19/2010 - 18:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo Pietra 0 6.930 11/19/2010 - 18:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo não cesso 0 6.511 11/19/2010 - 18:13 Portuguese