Puder-eu-o-ter
Puder-eu-o-ter
Mar que há em mim,
Puder eu o ter não no lugar
Que tem o mundo, mas no peito,
Profundo, perdido e fundo.
O mar que há em mim passei,
Saudarei da margem dele
O mar sem farsas falas, pois
Que hei-de por ele passar,
Eu sei que é o mesmo
Porque me corre nas veias
E é salgado tal e qual o sal
No mar imerso e imenso.
Abraço o nosso e o falar
Que não se distingue
No mar entorno que volta fatal
E eu vou ao ritmo da maré,
O mar que há em mim
É supremo, confesso-me
Imperfeito não me alimenta
A beleza, não compreendo
Os elementos nem o critério
Da natureza, da espuma,
Apesar de fluída e me aperta
O peito, estéril, amiga,
Ouvir o som das águas
E morrer, é como descrever
A própria calma e saltar
Dos ribeiros para o domínio
Que me corre nas veias,
O destino é sentir que vou,
Sem deixar de ser o mar
Que volta e me tem, puder-eu-o-ter,
Confesso-me …
Jorge Santos 08/2018
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