Natureza

Um trovão assusta os lagartos

Que correm e param.

Mil formigas transportam uma grande folha

Que está molhada de orvalho.

Aborrecem-se os vaga-lumes

Com a luz do sol.

Meu espaço é infinito

E posso correr pelos bosques.

Como os grandes abismos

Deixo-me andar sem rumo.

Das sombras perdidas

Não quero mais me esconder.

A chuva passou

E levou consigo minha alma.

As formigas olham em silêncio

A terra encharcada pelas águas.

Quem está morto

Nessa imensidão de mata destruída?

O lagarto caminha em silêncio

Sem notar o gavião que o espreita.

Olho as nuvens que ainda são neblinas

E não vejo o horizonte.

Busco o sol

Que possa me aquecer.

A brisa ou a ventania

Qual poderia me valer?

É preciso consciência

Pela nossa natureza!

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com
 

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Viernes, Marzo 15, 2019 - 23:03

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Odairjsilva

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