Amor próprio partido.

No sol do mar azul que me perco,
um mol de amor, triste e seco,
me invade tal qual marques de Sade,
me diz amor, dor que não mais arde.

Te aceito, mesmo pouco e rarefeito,
um amor que poderia ser perfeito,
se desfaz, numa luz triste e fugidia,
me desfaz, cresce a cruz, perco o dia.

Mas me chamas, me revolves, me inflamas,
reacendes a sendida longínqua chama.
Te imploro. Me deixes ir, se não me amas!

Mas insistes, persistes em minha cama,
me és triste, perdido tu, em tua fama,
Me amas? Ou só tu, ainda em chamas?

Do amor próprio ferido, combalido, transferido para o corpo morto de um amor partido.

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Sábado, Agosto 29, 2009 - 12:52

Poesia :

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analyra

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Re: Amor próprio partido.

analyra!

Gostei e destaco este: Mas me chamas, me revolves, me inflamas,
reacendes a sendida longínqua chama.
Te imploro. Me deixes ir, se não me amas!

Todos nós temos o direito de escolha e de sermos felizes,
tires tuas dúvidas, e parta atrás da felicidade!
Com carinho
Marne

Imagen de LilaMarques

Amor próprio partido

Olá, poeta,
Que beleza de poesia!

"Te aceito, mesmo pouco e rarefeito,
um amor que poderia ser perfeito,
se desfaz, numa luz triste e fugidia,
me desfaz, cresce a cruz, perco o dia."

ISSO É LINDO!!!
Adorei, como sempre. Gosto muito da tua melodia.
Beijo.

Lila.

Imagen de Tiger

Re: Amor prórpio partido.

Te aceito, mesmo pouco e rarefeito,
um amor que poderia ser perfeito,
se desfaz, numa luz triste e fugidia,

Será que existe essa tão procurada perfeição?

Belo poema ;-)

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