Cada noite é um poço onde o dia vai matar a sede

No campo o dia é quente
E quente, trago a alma à realidade dos factos
O corpo, amarrotado de dormir, fica pendurado no roupeiro

Cada noite é um poço onde o dia vai matar a sede

No quarto a noite é fria
E frio, visto o corpo à imaginação do sono
Enquanto a alma vai fazer castelos na praia dos sonhos.

No teto da da imaginação faltam telhas à realidade
O céu, azul durante o dia ou constelado de noite
É oferta da alma para um corpo cansado de existir.

Tudo é sonho na realidade que a vida veste
Quando se acorda para morrer.
No campo os dias são quentes
E frias são as noites no meu quarto.

 

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Martes, Septiembre 29, 2020 - 09:46

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nunomarques

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