Primeiro eu tive que morrer

Era tudo muito cansativo
Sempre a mesma coisa
Um cotidiano extenuante que sugava minhas energias
Sentia em mim o sufocamento do tempo
As exigências de um mundo cada vez mais urgente
Era tudo muito estressante.

Então eu parei de correr
No início quase fui atropelado
As pessoas gritavam comigo para sair da frente
Eu as atrapalhava em suas buscas desenfreadas
Quase fui pisoteado
Xingaram-me com todos os palavrões possíveis
E eu quase vacilei os meus pés
Quase prossegui adiante na mesma rotina.

Não posso fazer mais isso, pensei comigo
Estava disposto a sobreviver
Queria apenas espaço para viver uma vida normal
Sem as cobranças diárias de um mundo capitalista cruel
Que arrancava a minha pele
E vendia a minha carne nos mercados clandestinos.

Mas, não sabia eu que era preciso morrer
Só a morte pode nos libertar
Primeiro eu tive que morrer
Ao morrer eu sepultei todo o orgulho
Todas as ambições de um mundo perverso
E tornei-me livre das amarras que me prendiam
E agora posso caminhar livremente
Porque nada mais importa deste mundo infame.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Jueves, Marzo 31, 2022 - 20:03

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 1 día 7 horas
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 15088

Comentarios

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos Observação 6 244 03/27/2024 - 21:12 Portuguese
Poesia/Desilusión Agora o coração reclama 6 300 03/26/2024 - 19:13 Portuguese
Poesia/Intervención A insensatez da guerra 6 329 03/25/2024 - 18:49 Portuguese
Poesia/Intervención Senso crítico nebuloso 6 362 03/24/2024 - 12:39 Portuguese
Poesia/Desilusión Entre as sombras da noite 6 438 03/23/2024 - 13:32 Portuguese
Poesia/Intervención O espelho da realidade 6 420 03/22/2024 - 12:17 Portuguese
Poesia/Dedicada À beleza do verso 6 612 03/21/2024 - 19:00 Portuguese
Poesia/Amor Permita-me 6 142 03/21/2024 - 10:51 Portuguese
Poesia/Alegria Outono 6 432 03/20/2024 - 21:06 Portuguese
Poesia/Pensamientos Deixando marcas no tempo 6 523 03/19/2024 - 10:38 Portuguese
Poesia/Amor Um pedaço do céu 6 417 03/18/2024 - 18:56 Portuguese
Poesia/Meditación Desafios 6 768 03/17/2024 - 12:51 Portuguese
Críticas/Libros Odair José, Poeta Cacerense toma posse no PEN Clube de Escritores 6 187 03/16/2024 - 02:09 Portuguese
Poesia/Fantasía Viagem poética 6 259 03/13/2024 - 23:50 Portuguese
Poesia/Pasión Minha paixão por você é eterna 6 197 03/13/2024 - 20:26 Portuguese
Poesia/Amor Espero que saiba 6 152 03/13/2024 - 01:50 Portuguese
Poesia/Amor Que sorte a minha 6 229 03/11/2024 - 19:56 Portuguese
Poesia/Pensamientos Existência sufocante 6 1.022 03/10/2024 - 13:12 Portuguese
Poesia/Pensamientos Quero que pense 6 444 03/09/2024 - 13:09 Portuguese
Poesia/Pasión Quando vejo teus olhos 6 376 03/07/2024 - 19:16 Portuguese
Poesia/Amor Tempo forasteiro 6 261 03/06/2024 - 19:22 Portuguese
Poesia/Pasión Amor proibido que fere o coração 6 233 03/05/2024 - 22:07 Portuguese
Poesia/Amor Trovas de amor e saudade VI 6 321 03/04/2024 - 22:10 Portuguese
Poesia/Amor Quando penso em você 6 240 03/03/2024 - 11:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos Incompetência 6 805 03/02/2024 - 12:46 Portuguese