As dores do mundo em mim
Eu não sei quanto a você
Mas eu já me senti perdido
Sem saber exatamente o que estou a fazer aqui
Já tive vontade sumir do mundo
Esconder-me em algum lugar
Onde ninguém pudesse me encontrar
E lá viver o resto de meus dias
Longe das preocupações
Que perturbam minha mente o tempo todo.
Eu já pensei que as pessoas que vivem perto de mim
São mais felizes do que eu
Simplesmente porque não pensam tanto sobre a vida
Como eu faço o tempo todo
E isso me corrói por dentro
Eu queria apenas caminhar
Sem ter esses pensamentos ruins
Quando na verdade eu nem mesmo sei se são ruins assim
Afinal, a humanidade tem os seus percalços
E suas angústias
E ninguém há que saiba
Exatamente o que o outro está passando
Porque cada um de nós
Temos a nossa cota de sofrimento neste planeta.
Mas, eu gosto de pensar e ficar horas e horas neste tormento
Que me leva a diferentes lugares
Olho os rostos das pessoas
E tento imaginar o que se passa em cada coração
O que as perturbam
O que as incomodam
E isso é um exercício fútil
Porque não temos condições de saber nada disso.
Então volto ao princípio de tudo e percebo
Que não posso mudar a minha essência
E pensar faz parte da minha vida
Se sofro por causa disso é uma escolha que fiz
E prefiro mil vezes sofrer assim do que ser feliz na ignorância
Por isso caminho olhando firme o horizonte
E deixarei palavras que serão lidas por alguém que também
Carrega em si as dores do mundo.
Essa é a minha reflexão de hoje
A angústia que compartilho com quem vive
No mesmo mundo em que estou caminhando
Vendo as coisas de uma forma diferente
Do que os meus olhos contemplam
E está tudo bem ser assim
Porque a vida é cheia de detalhes
Das quais nunca ou quase nunca percebemos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Siga-nos @poetacacerense
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 5209 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Intervención | O que realmente importa? | 7 | 5.622 | 05/02/2025 - 14:31 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O tempo é espelho | 7 | 1.621 | 05/01/2025 - 13:33 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Não é rebeldia | 7 | 710 | 04/30/2025 - 21:13 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Quando amar é um crime | 7 | 2.204 | 04/29/2025 - 20:19 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O outro lado da História | 7 | 1.452 | 04/28/2025 - 20:57 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | A memória do meu futuro | 7 | 1.575 | 04/27/2025 - 14:40 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Alguns encontros | 7 | 1.162 | 04/27/2025 - 03:36 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Te amar me pesa | 7 | 1.047 | 04/26/2025 - 02:32 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | A geração ansiosa | 7 | 752 | 04/24/2025 - 22:31 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O Homem que Ninguém Libertou - Parte III - (O Que Veio Depois) | 7 | 2.261 | 04/23/2025 - 20:16 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O Homem que Ninguém Libertou - Parte II - (A Ruptura) | 7 | 1.286 | 04/22/2025 - 21:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O Homem que Ninguém Libertou - Parte I - (A Rotina) | 7 | 575 | 04/21/2025 - 17:35 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Os caminhos da razão | 7 | 1.304 | 04/20/2025 - 23:11 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Próximo do infinito | 7 | 657 | 04/20/2025 - 14:25 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | Indubitável | 7 | 935 | 04/19/2025 - 18:29 | Portuguese | |
Poesia/Alegria | Saber viver | 7 | 1.013 | 04/19/2025 - 13:55 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Entre circuitos e silêncios | 7 | 1.031 | 04/18/2025 - 13:36 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Vestígios em ruínas | 7 | 412 | 04/17/2025 - 14:36 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Escultor de silêncios | 7 | 1.444 | 04/16/2025 - 22:20 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Tarde silenciosa | 7 | 413 | 04/15/2025 - 21:08 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | A lembrança dela | 7 | 270 | 04/14/2025 - 23:19 | Portuguese | |
Poesia/Alegria | Nas ruas de terra batida | 7 | 1.272 | 04/13/2025 - 18:48 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Desejo no olhar | 7 | 529 | 04/13/2025 - 13:37 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Deixar de te amar? | 7 | 1.007 | 04/13/2025 - 03:07 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Janelas do ser | 7 | 477 | 04/12/2025 - 02:22 | Portuguese |
Comentarios
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!