Um amor perdido em lembranças

Em um jardim que florescia,
Com cores, aromas e calor,
O amor que antes crescia,
Perdeu sua voz, seu vigor.

Não foi culpa do destino,
Nem capricho de verão,
Foi o tempo, em desatino,
Roubando a paixão.

Teus olhos, antes faróis,
Que iluminavam meu caminhar,
Agora são dois sóis,
Que me queimam, sem me abraçar.

Deixei de amar, não por querer,
Mas porque o amor, em seu afã,
Optou por esconder,
O que antes era chama, era imã.

O silêncio entre nós gritava,
Em ecos de saudade do que foi,
E enquanto o tempo passava,
A distância entre nós dois só crescia, depois.

Não te culpo, nem me culpo,
Pois o amor é como o vento,
Às vezes suave, às vezes pulso,
E às vezes, só um lamento.

Deixei de amar, não por esquecer,
Mas por lembrar demais,
De um tempo que não vai voltar,
Onde éramos paz, e agora, jamais.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Martes, Agosto 15, 2023 - 10:44

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Odairjsilva

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