Alienados no teatro digital

Na palma da mão, um mundo cintila,
Promessas de conexão e saber,
Mas por trás da tela que brilha,
Quantos se perdem sem perceber?

O celular, farol de modernidade,
Guiando olhos por mares virtuais,
Desvenda mundos, encurta cidades,
Mas isola corações nos seus cais.

Nas redes, tecemos ilusões,
Curtidas e filtros que moldam o ser,
Mas a troca de olhares, as emoções,
Desfazem-se no toque do esquecer.

Quantos sorrisos deixamos de ver,
Fixos no brilho que não se apaga?
Quantas palavras deixamos de dizer,
Pelo silêncio de uma tela amarga?

Alienados no teatro digital,
Marionetes de algoritmos sutis,
Somos o público e o principal,
Do espetáculo que nos faz tão febris.

É urgente olhar para além do vidro,
Sentir o vento, ouvir o coração,
Pois viver é mais que um feed perdido,
É tocar a vida com as próprias mãos.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Domingo, Diciembre 8, 2024 - 18:18

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