MORNO

Percebi que meu pensamento estava fixo naquela mulher, talvez pelas condições em que se dera o encontro.
Com o passar dos dias, fui esquecendo, porém, voltei à mesma boate, quem sabe eu a veria por lá, mas sem sucesso.
Minha ex namorada me procurou querendo voltar, mas eu não sabia mais o que sentia, nem se ela me fazia falta. Conversamos e acabamos ficando apenas amigos.
Meus dias eram iguais, trabalho, casa, televisão, finais de semana na farra. Sentia-me um inútil. Não amava, nem era amado, meu trabalho não me agradava, as farras eram divertidas somente na hora, depois me davam uma enorme sensação de vazio. Minha família no interior, conversas no telefone, nem um cachorro para fazer festa quando eu chegasse. Perguntava a mim mesmo se tinha um sonho, algo bem legal que eu quisesse realizar, mas só tinha como resposta um grande desânimo. Não era feliz, nem triste. Vivia. Apenas.

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Sábado, Octubre 10, 2009 - 05:26

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Gisa

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Re: MORNO

Gisa!

MORNO

Belo e quente texto, em suma o personagem Vegetava, acompanhando o tempo passar, cheio de sonhos penso eu, mas nada acontecendo!
MarneDulinski

Imagen de FlaviaAssaife

Re: MORNO

Gisa,

Escreveste de forma brilhante...Penso como deve ser triste apenas sobreviver e não viver... Passar pela vida e não ser...

BJ

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Re: MORNO

Querida Gisa,

Como retrataste bem a "mornidão".
Muito bom o seu texto.
Parabéns!

Beijo.

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Re: MORNO

Gisa:

Nesse milhão acrescente-me.

Gosto desses pensares interiorizados. Na verdade
porque me parecem veros e saem em palavras
como se quisesse externar nossa própria alma.

Abraço.

rege

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