As flores de maio

E se as flores de maio
desabrocharem enfim
nesta cidade?

E se espantarem o frio
a dor, o medo
da violência desses dias?

E se o aroma pueril,
penetrar nos lares, por entre as frestas,
das grades, janelas, cortinas, narinas?

E se as abelhas,
fertilizarem o pólen, de alguma flor
que teima em botão abrir-se?

E se ainda que fosse tarde,
as ruas florescessem em paz e harmonia,
em gestos, encontros, sorrisos?

E se os homens se deixassem
levar pelo chamado vital,da natureza
que inda perdura nesta selva urbana?

E se fizessem crianças ou borboletas,
a afagar a flor humana que inda resiste,
na alegria de compartir este momento?

E se esquecessem por um breve instante,
das balas, chagas, grades, medo
e verem a flor do amor desabrochar?

E se as flores de maio,
pudessem entoar uma canção de outono,
neste sombrio cenário de guerra urbana?

E se cada um de nós a cada momento,
Reafirmarmos o valor do amor, frente à dor
e buscarmos (urge) o sentido pleno da existência humana?

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Maio, 2003.

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Martes, Noviembre 3, 2009 - 07:59

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E se as flores de

E se as flores de maio,
pudessem entoar uma canção de outono,
neste sombrio cenário de guerra urbana?

E se cada um de nós a cada momento,
Reafirmarmos o valor do amor, frente à dor
e buscarmos (urge) o sentido pleno da existência humana?

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Re: As flores de maio

AjAraujo!
Flores de maio
E se esquecessem por um breve instante,
das balas, chagas, grades, medo
e verem a flor do amor desabrochar?
Lindo Poema, meus parabéns,
MarneDulinski

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Re: As flores de maio

AjAraújo,

Sem dúvida teríamos um mundo bem mais fraterno e bem menos violento e egoísta! :-)

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