Medo

Segredos tenebrosos
assombram
o deslizar das noites
em
palavras trocadas
de imagens
criadas
por uma
solidão
repartida.

Encolhem-se os ombros,
as mãos
e os dedos dos pés.

Projectam-se
luzes de néon
em
perpétuos movimentos.

As cores transbordam.

O grito mudo na surdez das vozes.

Pinto,
em tons irrequietos,
os quadros de letras
com
que anuncio
a minha morte.

Irreversível o olhar
lucífugo,
frágil,
fixo,
flourescente,
transcendente,
mortal.

Atento o luar
eterno,
diáfano
vítreo
profundo
como o meu (a)mar.

Como é irrespirável
o cheiro da morte.

Novembro 2008

Submited by

Jueves, Noviembre 5, 2009 - 22:00

Poesia :

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AnaMar

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Comentarios

Imagen de poesiadeneno

Re: Medo

Ana,

"frágil,
fixo,
flourescente,
transcendente,
mortal."

Um bonito poema,feito de contradições.

Parabéns.

Abreijos

Imagen de ÔNIX

Re: Medo

"Encolhem-se os ombros,
as mãos
e os dedos dos pés."

Sabes o que costumamos dizer (entre nós) quando concentramos o teor de QI?
E quantas vezes nos dizemos também a nós no silêncio absoluto?

Um encolher de ombros é sacudir o pó acumulado que nos abafa os movimentos

E como diz a ET. sim à vida e á esperança

Muito bom este teu poema

Parabéns

bjs

Matilde D'Ônix

Imagen de Anonymous

Re: Medo

Belo poemas, apesar de...
Vamos dizer Sim à Vida com convicção e Esperança!

Beijo

Imagen de MarneDulinski

Re: Medo

AnaMar!

Medo
Atento o luar
eterno,
diáfano
vítreo
profundo
como o meu (a)mar.

Como é irrespirável
o cheiro da morte.
GOSTEI,
Marne

Imagen de LaRoche

Re: Medo

AnaMar.
Parabéns por este poema de sombras soltas e tão bem descritas. Espiral de imagens.

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