O Deslumbre
Não queiras achar que és lua
Não és a lua e nem o luar
Não percebes que estás a usar seu clarão
E que deves à lua o seu cintilar?
Não penses que és a estrada
Não és a estrada e nem o caminho
Não percebes que o usas para se guiar
Pois não sabes andar pelos versos sozinho?
Também não és a minha bandeira
Não tens em poesia o teor da nobreza
Se estás lá no alto e tremulas faceira
Recebes a brisa que te faz altaneira
E quem te hasteou que dispõe de grandeza
Dedico aos apáticos, enquanto humanos; deslumbrados, enquanto sensíveis; insensíveis, enquanto deslumbrados.
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Lunes, Noviembre 23, 2009 - 02:47
Poesia :
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Comentarios
Re: O Deslumbre
Deslumbre versus consciência. Adorei o poema.
Destaco:
"Não penses que és a estrada
Não és a estrada e nem o caminho
Não percebes que o usas para se guiar
Pois não sabes andar pelos versos sozinho?"
Muito lindo!! :-)
Re: O Deslumbre
Olá, Clarisse. Sabes que sou tua leitora e me agrada muito que esteja aqui, comentando. Escrevi estes versos para lembrar a mim mesma que sempre precisarei de pontes ou então, não poderei continuar a jornada.
Cada vivente que aparece em nossas vidas estão cumprindo missão. Eu posso ser a tua... você pode ser a minha...
O importante é lembrarmos que não caminhamos sozinhos.
Beijos
Re: O Deslumbre
Olá Carmen, eu concordo consigo, e acho que ninguém passa pela vida de ninguém sem uma razão. Um dia li uma frase, algures, que nunca mais esqueci: "o acaso é a única coisa que não acontece por acaso", na verdade eu acredito realmente, que nada acontece por acaso...!
Grande abraço! :-)
Re: O Deslumbre
Anita, Giraldoff, compartilhando momentos nos tornamos mais fortes. Obrigada por compartilharem estes versos, em leitura e absorção.
Abraços
Re: O Deslumbre
O melodioso sistema do Universo,
O grande festival pagão de haver o sol e a lua
E a titânia dança das estações
E o ritmo plácido das eclípticas
Mandando tudo estar calado.
E atender apenas ao brilho exterior do Universo.
Álvaro de Campos.
Somos seres pequenos perante à grandeza de tudo, mas devemos ter consciência de que fazemos parte deste tudo, e se não tivesse você, ou eu, ou ele, este cosmo não estaria completo. Somos pequenos e grandes perante à vida, isto porque somos essenciais para ela. Bela poesia!
Cumprimentos, Anita.
Re: O Deslumbre
Olá, Manuela
Agradeço o comentário. Pois é, nós humanos somos formados por sentimentos bons e ruins ou sem sentimentos.
Melhor tentar ser melhor.
Partindo do princípio da criação, ninguém é melhor que ninguém... por enquanto. Depois da morte é que saberemos. UI! :-o
Beijos :-)
Re: O Deslumbre
Olá Carmen,
Bonita a sua mensagem dedicada aos apáticos humanos...
"Não queiras achar que és lua
Não és a lua e nem o luar
Não percebes que estás a usar seu clarão
E que deves à lua o seu cintilar?"
Um abraço :-)
Re: O Deslumbre
Marne Dulinski, amigo poeta, todos precisamos do luar e da brisa. Eu sinto-me totalmente conduzida nesta estrada, guiada e amparada. E é assim que caminhamos. Escrevi estes versos, justamente para que, jamais, me esqueça das mãos que hasteam e não me embebede com o deslumbre.
Todos somos irmãos nesta jornada. Precisamos caminhar de mãos dadas e a cada comentário de um amigo, um incentivo para um novo passo.
Obrigada
Re: O Deslumbre
LINDO POEMA, GOSTEI!
Modestamente, se tiver alguma parte de seu belo Poema, dirigida a mim agradeço muito; se não tiver eu me incluo, porque sempre precisamos de alguém nessa vida, para prosseguir nessa estrada poética, e ou, da própria vida!
MarneDulinski