Sinais
O quanto me custa lembrar que não vi
Não lembro, não vi e não pude afagar
Nas noites de frio não sei se tremeu
Nem deixou perceber se de fato sofreu
Estava lá, em seus olhos, bastava eu olhar
O quanto me custa lembrar que não vi
Na luta, na busca, nem vi se cansou
Não vi continuar, procurando a saída
Rasgando a pobreza, queimando a ferida
Não lembro, não vi, mas sei que lutou
O quanto me custa lembrar que não li
Nas palavras da prosa o lamento, o gemido
Não li seu semblante cansado, pedindo
Que a vida se ia e ele junto, partindo
Sem regra, nem pressa, quisera eu ter lido
Me custa lembrar daqueles domingos
Como pássaros, bem cedo, na maior euforia
Contemplando a passagem de uma primavera
A única que o tempo arrogado nos dera
Dissera que outras, mais tarde daria...
...
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Comentarios
Re: Sinais
Que bom que gostou. Difícil, muito difícil escrever estas coisas.
Abraços
Re: Sinais
LINDO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
MarneDulinski