Vomito!

Repugno de uma sociedade indigesta
Escárnio de falsos profetas
Hermenêutica neutralizada por palavras patéticas
Estilhaços de um desabafo em forma de chuva temporã.

Um desabito catalogado como desavença,
A evolução do ser que perde sua própria consciência
Tornam-se mutantes escravizados pelo trabalho
Nem mesmo tem o direito de ver o por do sol,
Produzem cestos, mas são manipulados como balaios.

Natal que cria em muito a expectativa pelo velho Noel,
Como posso acreditar se ele não existe e nem virá a minha casa?
A mãe esconde o presente pela noite debaixo da cama de seu filho,
Mente e ensina a criança a acreditar em suas mentiras.

Migalhas de pão substituirão o panetone,
Chove lá fora enquanto a minha mente se esvazia,
Sinto em dizer que a verdade não necessita de disfarce,
O cão insiste em comer de seu próprio vomito,
E novamente a porca depois de limpa voltou ao lamaçal...