O rio vai nu por entre as pernas

O rio vai nu por entre as pernas
da mulher triste Madalena
que se entregou ao pregador
e se abriu como uma flor.

Era prostituta e era santa
seu corpo era um santuário
matava a fome aos pecadores
cheios de culpa por amor
uma espécie de calvário.

Quiseram atirar-lhe pedras
e isso era desculpa
para esconderem os vícios
que o corpo oculta na bonita roupa.

Mas houve um homem
que se entregou
aquela sua santidade
e com amor transformou
em virtude aquele pecado.

lobo

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Sábado, Enero 2, 2010 - 23:35

Poesia :

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lobo

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Comentarios

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Re: O rio vai nu por entre as pernas

Há muito não te lia, caro Lobo... diria que tal poema revela um lado ainda não explorado e sem medo de explorá-lo.

Alcantra.

Imagen de jopeman

Re: O rio vai nu por entre as pernas

Mto bom, inteligente, interventivo e bem escrito

gostei mto

abraço

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: O rio vai nu por entre as pernas

Parabéns pelo belo poema.

Gostei.

Um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: O rio vai nu por entre as pernas

LINDO TEXTO!
Marne

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