Bebendo do Meu Veneno...

Rompeu a manhã
E eu pálido, triste, sereno
Mas morto de conforto
Provando o veneno.

A madrugada subiu ao céu,
Rastejou por entre a poeira
Da minha mente
Limpa e verdadeira.

O sol brilhou intenso,
Alegre e feliz
Contrastando com minha
Tristeza do amor imenso.

Cegaram os meus olhos,
Deixei de ver a claridade.

Acorrentado ao passado
Sem querer e sem vaidade
Nada espero do futuro
Com ou sem claridade.

Temo tudo, todos, e o amor!
Já não sinto o seu sabor.

Vagueio pelas ruas
Não sabendo onde poisar
Relembrando coisas tuas
Que me fazem só chorar.

Mais uma manhã rompeu
E eu sozinho no escuro
Nada tenho doque é meu
Nem sequer por mim procuro.
Estou pálido, triste e sereno
Bebendo do meu veneno...

André Albuquerque
Pseudónimo

(poema não publicado em livro)

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Lunes, Enero 4, 2010 - 22:36

Poesia :

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NunoCarvalho

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Comentarios

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Re: Bebendo do Meu Veneno...

o desassossego do ser por amar, que se envenena com o seu próprio remédio

gostei

abraço

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Re: Bebendo do Meu Veneno...

Jopeman,

Agradeço o teu comentário.

É importante para mim o facto de teres gostado!

Abraço
:-)

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Re: Bebendo do Meu Veneno...

BELO TEXTO, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne

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