Poeta de Mil Sonhos

Um poema que se faz por ele próprio
Sem abrigo,
Sem desejar ir mais além
Quando se vê despido
Abandonado
Despedaçado
Humilhado

Eterniza os momentos
Que lhe conferiste
Enquanto poeta
E abraça o mundo
Que lhe cabe nas mãos

Há utopias que correm mundos
E vestem-se de outras eras
Mais condizentes
Com um mundo novo que se aproxima

Há sempre alguém que espreita
Os versos que elegeram os povos
E os denominam sabedores de tudo
O que resta aos vultos
E que acolhe as sombras

Vai poeta de mil sonhos
Mas volta sempre
Com poemas que abafem
As armadilhas da mente

Há uma nova congeminação
Sente-se já outra rotação
Em redor de um novo Universo

Agradeço ao nosso amigo Giraldoff, a inspiração para este poema, aqui:
http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=18547

(Foto DM - Céu Perfumado)