Domingo Amarelo

Um frade viaja preces em sua cela,
um prisioneiro caminha além da tela,
e alguém chama por Estela.

Enquanto um romântico insiste
que a vida é bela,
um poeta vê que tudo rima com ela
e que tudo dele é dela.

O ipê distribui a tarde amarela
para quem busca a prostituta donzela
ou só uma ternura singela.

E passam avenidas, ruas e vielas
enquanto vidas e vias seguem paralelas.

Alguma pena persegue um poema.
Algum ator, alguma cena
e algum deus, quem lhe tema.

Tarde de vadio Domingo
em que nada se quer.
Apenas deixar
a métrica escapar.

Seria inútil prendê-la ao papel,
pois o sorriso de Isabel*,
ou as formas sob o cinzel
fugiriam da tarde amarela
como o resto de Sol na janela.

* da poética de Manuel Bandeira.

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Domingo, Enero 17, 2010 - 18:11

Poesia :

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fabiovillela

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Comentarios

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Re: Domingo Amarelo

Fábio,

Ler-te é sempre uma enorme alegria...

Beijo no coração!

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Re: Domingo Amarelo

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
MEUS PARABÉNS,PELA ESCOLHA DA POÉTICA DE MANUEL BANDEIRA!
Marne

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Re: Domingo Amarelo

Belo poema.

Gostei muito.

Gosto muito também de Manuel Bandeira.

Parabéns,
um abraço,
REF

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