POESIA PARIDA

Arranquei sempre...
risos às pedras
Como um sol tangencial
a tocar noite.
Em arrebatamento
dormi no meio delas
Cobrindo-me de terra,
de bizarros ruídos.
Em cada poema
escrito
sentido
Tingi a lua
Com o meu olhar
vermelho,
Iluminado de cansaço...
Como se traduzisse
a alma incógnita
Em abstracção
nas cores do pensamento!
Arrebatei sempre...
o riso das flores
Como uma borboleta
exausta de vento
Em naufrágios perenes
e amnésias de mar
Perdida das conchas
de uma praia ausente.

- Nunca fui eu que pari a poesia.
Foi a poesia, que me pariu a mim…!

VÓNY FERREIRA

In Livro de Poesia e Prosa Poética
"Cascata de Sílabas"

Submited by

Lunes, Enero 18, 2010 - 22:50

Poesia :

Sin votos aún

admin

Imagen de admin
Desconectado
Título: Administrador
Last seen: Hace 1 año 6 semanas
Integró: 09/06/2010
Posts:
Points: 44

Comentarios

Imagen de Anonymous

Re: POESIA PARIDA

Eu que estudei psicologia, que devoro psicologia,
costumo dizer em jeito de brincadeira que a poesia
foi para mim sempre o melhor psicólogo já que é através dela que vou exorcizando os meus medos, os meus dilemas e quiçá? as minhas frustrações!
A sua análise é muito interessante.
A dor, a traição, a nostalgia, poderá perseguir-nos em termos subjectivos, já que muitas vezes me inspiro para escrever não em mim, mas em pessoas muito próximas.
Será alguma vez possível explicar-se a razão de um determinado poema?
Analiticamente é fácil, mas nem sempre o que parece é... dado o grau de lirismo, subjectividade, utopia mesmo, que inspira todo aquele que vive e necessita das palavras para falar de si, ou das emoções humanas.
Manuela, divaguei.... rs
Mas quero que saiba que apreciei muito o seu comentário.
Bem haja, por isso!
Bj
Vóny Ferreira

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of admin

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pasión {Empty title} 8 900 11/20/2008 - 18:29 Portuguese
Poesia/Amor Manto de Luz 5 1.823 11/20/2008 - 01:28 Portuguese
Poesia/Meditación {Empty title} 8 1.240 11/20/2008 - 00:15 Portuguese
Poesia/Erótico Boca Profana 6 3.411 11/18/2008 - 18:28 Portuguese
Poesia/Amor Hora dos Trevos Mordidos-2 6 5.089 11/17/2008 - 12:52 Portuguese
Poesia/Pasión {Empty title} 6 2.281 11/17/2008 - 00:19 Portuguese
Poesia/Amor Gosto-te simplesmente porque gosto-te 5 2.497 11/15/2008 - 10:32 Portuguese
Poesia/General Através da janela nanquim aguada 5 4.215 11/14/2008 - 18:15 Portuguese
Poesia/Dedicada . 6 2.613 11/14/2008 - 16:43 Portuguese
Poesia/Dedicada Canção de embalar 4 1.861 11/14/2008 - 00:19 Portuguese
Poesia/Dedicada Canção d`amigo 6 4.727 11/13/2008 - 18:55 Portuguese
Poesia/Meditación {Empty title} 6 3.646 11/13/2008 - 17:24 Portuguese
Poesia/Pasión Entre vulvas de mel meu veneno expia-te 6 3.562 11/13/2008 - 13:53 Portuguese
Poesia/Dedicada Canção de beber 5 3.464 11/13/2008 - 00:17 Portuguese
Poesia/Dedicada Hino ao Amor! 8 3.010 11/12/2008 - 23:27 Portuguese
Poesia/Alegria M`Allegro 1 4.242 11/11/2008 - 00:51 Portuguese
Poesia/Intervención Simplesmente Mulher 3 3.696 11/10/2008 - 23:59 Portuguese
Poesia/Amor Eu, Tu... Nós 8 3.804 11/10/2008 - 15:36 Portuguese
Poesia/Desilusión {Empty title} 4 1.607 11/09/2008 - 04:19 Portuguese
Poesia/Amor {Empty title} 5 3.716 11/07/2008 - 20:55 Portuguese
Poesia/Pasión {Empty title} 7 1.143 11/06/2008 - 23:02 Portuguese
Poesia/Amor Secretamente 4 1.847 11/06/2008 - 16:05 Portuguese
Poesia/Fantasía {Empty title} 8 3.077 11/06/2008 - 01:17 Portuguese
Poesia/Erótico Volúpia 8 842 11/05/2008 - 16:56 Portuguese
Poesia/Comedia Messalina 4 3.307 11/05/2008 - 16:41 Portuguese