Equação

E ela amava de forma estranha. Ele racionalizava, calculava e fazia equações intermináveis com cada palavra de amor que ela dizia. Ela amava apenas. Embrulhava seu coração para presente e o entregava. O presente ficava ali, num canto, esperando ser aberto. E ela, absorta em seus delírios, amava. Não era boa em matemática. Escrevia poesias nos muros e cantava canções intermináveis. Vivia a procura de borboletas azuis. Não se sabe exatamente pra quê. Ela era amor, versos e melodia. Tinha pouco tempo para aprender a fazer do seu coração um cérebro. Deveria pensar rápido para não errar.

Amor, fogo, gelo, números e uma folha de papel. Tinha cinco minutos para escrever um poema de amor frio.

Não conseguia.
Acho que jamais conseguiria.

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Domingo, Febrero 7, 2010 - 20:36

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Fuentes

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Re: Equação

Fuentes!

LINDÍSSIMO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

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