A Puta da vida (Dueto com Analyra) c/ video declamado

A puta da vida nos afaga
nos afoga, nos nega,
nos usa depois nos joga
no vale dos rios poluídos
na ribeira dos sonhos
sonhados, não vividos.

Puta de beira de cais
depois de nos cuspir,
nos apaixona, nos tira a paz
deflora o exausto subconsciente
sempre esquecido, carente

Enfeitada de flores de plástico
colhidas no jardim iconoclástico
que perfumam os jazigos
já tão desejados abrigos

Deste bordel barato
o mundo que mudo acato
onde esta puta nos dá
faceira de quatro.

Exaustos, sem saciedade,
cansados já com idade
buscamos descanso da consciência
que se tomba em reverência
que nos lembra, animalescos
quiçá grotescos, burlescos.

A puta da vida serra-nos ao meio
mostra-nos, mas não dá o seio
despe-nos o corpo sem alma
veste-nos apenas de trauma

Resta-nos gritar no orgasmo: DESESPERO
resta-nos desejar loucos o desterro
num desabafo que sacia e estrangula
até que a terra, enfim nos engula...
(VÓNY FERREIRA e ANALYRA)

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=126300

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Miércoles, Marzo 31, 2010 - 12:37

Poesia :

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Comentarios

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Re: A Puta da vida (Dueto com Analyra)

Queridas amigas poetas

Nossa! É mesmo uma poesia maravilhosa
depejando sentimento em versos, fiquei
emocionada ao ler (sou extemamente sensível),
e aqui uma gotinha D'água caiu....
Parabéns a ambas...

Beijinhos em vossos corações

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Re: A Puta da vida (Dueto com Analyra)

Que bom que gostaste Ângela.
Acho que é a primeira vez que escrevo um poema com palavrão, mas soube-me às mil maravilhas.
A Ana escreve com muita musicalidade, logo é fácil entrosar a minha escrita com a dela.
Valeu. Obrigada!
Beijo!
Vóny Ferreira

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