Angústia
Prevejo a estrada que andarei.
Do Futuro nada sei
e do Passado nada levarei.
Sou só o Presente,
acontecido de repente.
Revejo o caminho por onde andei,
a algum lugar retornarei,
se do Mundo, não sei
se do Sub-Mundo, não direi.
Estive preso,
estive aceso,
estive acamado,
estive abandonado
e estive possuído
por algum demônio enfurecido.
Caminho e encruzilhada,
a ida para o Nada.
Sem recuo ou volta
para a calma da revolta.
É a vida que passa
e a fome de traça
que corrói sonho e ilusão
nesse conjunto de não.
Agora ouço a terra que me encobre
e a marcha em "passo-dóble".
Logo o escuro será denso
em outro terror intenso.
Submited by
Viernes, Abril 9, 2010 - 11:52
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1160 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
Comentarios
Re: Angústia
Palavras escritas com alma!
Poema bonito!
:-)
Re: Angústia
Fabio poeta, escritor, homem vivido e sofrido:
Já te visitei e já te li algumas vezes.
A vida no nosso triste fado não nos larga com surpreendentes encruzilhadas.
Força Amigo!
Carla