Cova e Cor

Minhas lágrimas nunca são de cansaço...
mas como eu queria que fossem.
Como eu desejo não ser...
um risível tiro e um estilhaço de mim

Caí
mas caí em silêncio. É assim que os grandes vão ao declínio,
sem estrondo,
na impecabilidade das palavras fáceis
no farfalhar sutil das folhas secas

Atei a gravata, ateei fogo...
mas hoje não pretendo sair de casa...
Devo saltar? Devo saltar da cadeira e ficar suspenso?

Suspense. Não. Covardia e coragem, uma coisa só. Eu, uma coisa só. Eu, covardia e coragem.

Cova e cor.

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Martes, Abril 13, 2010 - 00:43

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pedrohenriquereis

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Re: Cova e Cor

Interessante e perscrutador, muito bem conseguido, adorei a forma como pegou nas duas palavras e as transformou numa nova materia prima, dando outra cor ao poema!
brilhante, deveras!
Beijinho em si!
Inês Dunas

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Re: Cova e Cor

"Caí
mas caí em silêncio. É assim que os grandes vão ao declínio,
sem estrondo,
na impecabilidade das palavras fáceis
no farfalhar subtil das folhas secas"

Inteligente, perscrutador...
O fim tb esta muito vem aproveitado, usando o inicio das duas palavras e conseguindo novos significados e novos limites do proprio poema!
Brilhante, deveras!
Beijinho em si!
Inês Dunas

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