A Mulher Russa
Porque a solidão não tem idioma
e a saudade não pede diploma,
ressinto que só te sinto
nesse meu tempo quase extinto.
Agora toda maldade é insincera
e inútil ante tua Primavera.
Doce russa mulher,
fogo e paixão que requer
solidez de carvalho
e abandono de orvalho.
Em quais esquinas,
encontraram-se nossas sinas?
Arcano dos deuses,
além do oráculo de Elêusis.
E no entanto
meu doce acalanto,
eu sei que não estamos sós.
Há luz, trinta mil quilometros após.
Para Tatyana.
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Sábado, Junio 5, 2010 - 13:40
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Comentarios
Re: A Mulher Russa
E a musa com toda a certeza agradece!
O poeta enaltece cada gesto-mulher!
Gosto imenso de o ler Fábio!
Beijinho grande em si!
Inês
Re: A Mulher Russa
Olá, caro amigo Fábio.
Como sempre uma joia de poema.
Parabéns!
Grande abraço,
Roberto