Conclusão

Enfim,
permito-me ser beijada por um verso,
faço as pazes com o universo
subexisto
desisto de ser triste
em mim, o amor existe
insiste e resiste
embora amargo
trago ele em mim,
bebo-o, fumo-o, trago
aceito, acalanto, deito
afago...

Viver é deglutir
bocado por bocado
tecido a surgir
lúdico bordado
no tear de letras
os dias a tecer
desfiando nas noites
o sofrer, o passado.
Na espera do Odisseu
herói de meu leito imaginado.

Amar não é pecado
nem verbo conjugado
é subjuntivo
disjunto em meu coração
louco, heróico, mitológico,
apaixonado
por um verso
perverso deste universo
por mim inventado

Subexisto no que insisto
cáucaso acorrentado
mas assim resisto
víscera exposta
em fiel aposta
no fogo sem resposta
aos homens dado.

O futuro é nada
contemporaneidade
sem estrada
semente só na mente
a partir do presente
re-criado
a cada verso
ao vento do relento
arremessado...

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Jueves, Junio 17, 2010 - 04:04

Poesia :

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analyra

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Comentarios

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Re: Conclusão

Retenho:

permito-me ser beijada por um verso,
faço as pazes com o universo
subexisto
desisto de ser triste
em mim, o amor existe
insiste e resiste

Que coisa mais linda! bj

Imagen de Anonymous

Re: Conclusão

Um poema perfeito, lírico, intensivo
e um dos que mais gostei até hoje escritos por ti.
este poema irá para a colecção dos favorito, claro
Bj
Vóny Ferreira

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Re: Conclusão

Apesar de ser uma Conclusão...

Eu concluo, que este é o poema em que gostei mais de ler-te. Foi exactamente o mesmo que disse à Dany. Parece que hoje tenho um dia cheio de boas surpresas... depois de um dia muito stressante, nada melhor que mergulhar na poesia marvilhosa de pessoas que já admiro.

Um beijo carinhoso.

rainbowsky

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Re: Conclusão

Poema perfeito, amei ao todo, degustei! Abraços

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