Uivos famintos dos sem terra, sem pão

Rio aberto
Morada acesa
Cheias de estios
Desgovernadas
Estouvadas
Tresloucadas
Cantam ao vento
O seu novo alento

Nas serras
Roubam aos céus
O arremesso
Do voo alto dos falcões
Pardacentos
Malhados e tresmalhados
Exímios na arte
De tão bem saberem voar
Chocalham as pedras do monte
Graníticas no seu pastorear

Cajados à solta
Berros que largam ecos pelo chão
Em vez do pregão
Ao tempo
Pelos que vão
Nos uivos famintos
Dos sem terra
Dos sem pão

Poema inspirado nos ainda resistentes, que vivem na Serra do Montemuro e se dedicam á pastorícia

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Miércoles, Julio 7, 2010 - 16:40

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