A dor de vê o mar

Duas almas nuas
Em vão tentam se abraçar

Duas vidas cruas
Amaradas pelo calcanhar

De baixo do mesmo abrigo
Duas solidões
Estão
a
se
confortar...

Dois inimigos antigos
Inevitavelmente amigos
Que mascam do mesmo
Pesar

Unidos por um laço rouco
Um desejo quase louco
Que nem a razão pode um pouco
Pode um pouco
Desapertar

A dor de não perceber
E nem se quer
De não saber
O desespero de se vê
E depois se vê
E vê o mar

Naquilo que não se vê
Ao mesmo tempo
Em que vê

A dor de não perceber
E nem se quer
De não saber
O desespero de se vê
De se vê
se completar

Submited by

Lunes, Agosto 16, 2010 - 15:44

Poesia :

Sin votos aún

Carneiro

Imagen de Carneiro
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 45 semanas
Integró: 08/13/2010
Posts:
Points: 135

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Carneiro

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General O sertão em seu sertão 1 320 08/16/2010 - 01:27 Portuguese
Poesia/General A vida é fatalista 1 618 08/13/2010 - 23:13 Portuguese