Olhos de pedra

São de pedra mas as vejo
Claramente como se fossem de vidro
Em constante visão a qual escrevo
A última carta, o último livro

De mentiras e verdades convertidas
Em palavras anónimas
Ligeiramente despercebidas
Sobre linguagens crónicas

Onde sou o seu vocábulo vazio
Igual a uma folha em branco
Que já mais alguma vez sentio
O seu espaço vago ocupado

Diante de frases poliglotas
Onde paira o meu poetar
E me oiço cantar em notas
Criando a arte de falar

Num silêncio que me desatina
Cobrindo os meus olhos de pedra
E o mesmo me ensina
A ganhar pela perda

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Martes, Agosto 31, 2010 - 07:40

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HaiderChaby

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Re: Olhos de pedra

Num silêncio que me desatina
Cobrindo os meus olhos de pedra
E o mesmo me ensina
A ganhar pela perda

Poema intenso!!!

:-)

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Re: Olhos de pedra

Pi gostei de ler.1 Abc

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Re: Olhos de pedra

Pode a pedra ver com a limpidez do vidro?
Mas se acaso a pedra não é transpare e antes opaca, que vez tu?
Um muro, um monstro de betão, que impede a tua Alma de escrever e se libertar.
Se assim for, tens uma página em branco, naufragada de vazio existêncial, num poema franco e num poetar incessante.

Gostei.

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