Estafado
É mesmo um precipício
Minha entrega à dor
Quais motivos eternos
Quais fantasmas me esperam
Por que este tal rancor
Nada me sacia ou me embriaga
As formas são demais de encanto
Fico extático. Fico manso
Nesta barriga que me afaga...
Perguntam-me motivos
Desculpas em veracidade
Não sou filho nem durmo
Em um feto saudoso e triste
Nem um pingo em mim é maldade
Risco essa linha tal vida
Talvez pela mórbida semente
Que cresce em mim a cada instante
D’outra minha vida esquecida.
Adeus rica esperança
Parto sem cheiro ou memória
Dê-me um insulto com ânsia
Desligue o contato com o mundo
Com toda essa infâmia notória.
Nem vingo nem queixo
Nem braço nem ombro
Eu vim foi sem jeito ao passo
Palácios são fáceis escombros.
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Martes, Agosto 31, 2010 - 19:35
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Comentarios
Re: Estafado
Talvez pela mórbida semente
Que cresce em mim a cada instante
D’outra minha vida esquecida.
Bom poema!!!
:-)