As roupas incendiadas

As roupas incendiadas
e tu a correr,
a luz dos faróis
na humidade das flores
o sinal nas nuvens
incompreendidos olhares
dos que morrem sem saber

As roupas incendiadas
e tu a correr como uma louca.
As luzes dos faróis
e a chuva nos olhos...

A madrugada já não cheira
e no teu corpo há um vestígio
de perigo e mistério,
os segredos da madrugada
aos que passam para o outro lado.

As roupas incendiadas
e o vento a marcar a estrada,
mais tarde vai chegar a carta
de uma viagem sem regresso.

Versos e lágrimas
e outras histórias para recomeçar
as roupas incendiadas
como uma canção deitada
dos olhos que se surpreendem
depois da viagem.

As roupas incendiadas...

Lobo 010

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Martes, Septiembre 7, 2010 - 16:00

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