Há de haver

Porque há amplitude
na profecia do Talmud
rezado ao som do alaúde.

Porque há esse perfume,
essa aliança que nos une,
essa sentença que nos pune
e esse triste resumo
que tudo resume:

Alguns caminhos se dividem,
alguns corpos idem.

E no entanto sobra um lugar
e um pretendido vagar.
Espera-se a chegada do Mar.

Banquetes de vinhos e compotas,
de retilíneas curvas tortas.
Banquetes de tortas
e sombras atrás das portas.

Poema do Mundo que a tudo comprende.
Poema do amor que por nada surprende.
Poema da Razão, de que nada se aprende,
pois se de tudo há
que magia restará
nesse amplo espaço
em que não cabe um só abraço.

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Viernes, Septiembre 17, 2010 - 19:34

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fabiovillela

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