Veredictos

Como assim
Não…não sabia o que querias.
Dói-me os ossos…
E mais…
Escova de mim a caspa do infortúnio que me deste ao desamor.
Meia-noite.
Estavas a tossir…
Ouvia-te aos quartos de hora coralina titubeante de tubérculo na língua…
Eu não disse nada.
Esqueço-te aos cacos vestida de cedro fanado por entre ironias de cancro.
Baloiça nas gordas jornalísticas o que não me és primeira página na cadeira monocórdica.
Roubo-te os dedos a gear estalactites, já nem te amo em palavra.
Que redunde desvastante por asilo de impostura o ressono protector que te pulha o tossir a pedir o meus cuidados.
Estás-me em cinza…
Sepulcrário rotineiro de ímpias dedicações adornadas de perfídia.
Como assim…
Não me sabias o gelo?
Eu fumo-te na cara os campos de batalha que quis para não morreres.
Ouviste-me os abandonos?
Comemoraste nas tuas preces os meus dias condenados a fumar horas sozinho.
Dói-me os ossos…
Deste ficar de pé a velar tua mão estendida para nunca dizer adeus.
Nos meus antros vazios há tamanhas solidões ao redor dos acusados onde só te encontro culpa...não me morras.
Não morras.
Prometo-te correrias nos verdes dignos da serra em respires de amor puro.
A verdade é que não tenho ninguém a quem sentir a falta ou raiva de me faltares.
Se morte fosse um corpo espancava-a até morrer.
Tenha perdões no meu espírito por te dar á inexistência minhas culpas em dor…
É tão difícil a ausência que não suporto a mágoa de viver sem teu amor.

Submited by

Domingo, Septiembre 19, 2010 - 22:34

Poesia :

Sin votos aún

Lapis-Lazuli

Imagen de Lapis-Lazuli
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 44 semanas
Integró: 01/12/2010
Posts:
Points: 1178

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Lapis-Lazuli

Tema Título Respuestasordenar por icono Lecturas Último envío Idioma
Poesia/Aforismo Remissão 0 578 11/18/2010 - 15:27 Portuguese
Poesia/Intervención A divina tourada 0 1.204 11/18/2010 - 15:27 Portuguese
Poesia/Intervención Fascismo 0 1.314 11/18/2010 - 15:30 Portuguese
Poesia/Amor Já por detrás do bugio 0 1.084 11/18/2010 - 15:30 Portuguese
Poesia/Meditación Vou dançar a Polka 0 716 11/18/2010 - 15:32 Portuguese
Poesia/Meditación O equilibrista 0 816 11/18/2010 - 15:32 Portuguese
Poesia/Aforismo Cozido á portuguesa 0 944 11/18/2010 - 15:45 Portuguese
Poesia/Dedicada Belas...uma terra perdida em mim 0 845 11/18/2010 - 15:45 Portuguese
Poesia/Dedicada De que carne somos feitos 0 1.095 11/18/2010 - 15:45 Portuguese
Poesia/Aforismo Eu vos saúdo Maria 0 861 11/18/2010 - 15:46 Portuguese
Poesia/Aforismo Incongruência 0 732 11/18/2010 - 16:07 Portuguese
Poesia/Pensamientos Speedball Brown Sugar 0 633 11/18/2010 - 16:07 Portuguese
Poesia/Pasión Vénus no altar dos ímpios 0 1.094 11/18/2010 - 16:07 Portuguese
Poesia/Aforismo Laranjas de natal 0 688 11/18/2010 - 16:08 Portuguese
Poesia/Pensamientos "Recordações Da Casa Amarela" 0 705 11/18/2010 - 16:09 Portuguese
Poesia/Dedicada Pai nosso dos violinos 0 688 11/18/2010 - 16:17 Portuguese
Poesia/Dedicada Exorcizamus 0 1.217 11/18/2010 - 16:21 Portuguese
Poesia/Amor Lucy in the sky with diamonds 0 727 11/18/2010 - 16:28 Portuguese
Poesia/Amor Um quarto de hora de rio 0 747 11/18/2010 - 16:31 Portuguese
Poesia/Amistad Carroça dos cães 0 1.660 11/18/2010 - 16:34 Portuguese
Poesia/Intervención Nada mais fácil que isto 0 2.427 11/18/2010 - 16:41 Portuguese
Poesia/Desilusión Veredictos 0 2.425 11/18/2010 - 16:41 Portuguese
Prosas/Otros A ultima vez no mundo 0 2.461 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Prosas/Otros Os filhos de Emilia Batalha 0 2.669 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Fotos/Perfil 2672 0 5.454 11/24/2010 - 00:51 Portuguese