Uma carta que nao foi escrita
Recordo os sorrisos dessas gentes que enchiam a sala. Relembro as conversas que passavam a tertúlias finando-se em monólogos de lágrimas e abraços. Filosofias pessoais e intransmissíveis que eram, no entanto, partilhadas e vividas e sentidas como se fossem próprias, como se fossem reais. Os mantos de estrelas e as lágrimas camufladas de sorrisos. A partilha. A amizade através das fronteiras e da diferença. A indiferença para com os outros porque se sabia… porque se sentia.
As manhãs de morte. As manhãs mortas. E, sem dúvida, as manhãs de morrer. O brinde dos finados. Os dias e as noites. A descoberta das palavras. A escrita. A escrita que não lês. Tudo. Tudo muda, mas continua a existir mesmo na ausência.
...e ficam as palavras que não se lêem.
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Comentarios
Re: Uma carta que nao foi escrita
Teu texto é misterioso, atraente e fascinate.
Escreves o que não se le.
Escreves em entrelinhas, li tres vezes teu texto e fiquei com tres, idéias diferentes sobre ele(o texto).
Vou voltar outras vezes a ler a fim de descobrir o que não foi escrito.
Parabens!
Re: Uma carta que nao foi escrita
Sim, o que vivemos está na mente, continua sempre em doces e nem tão doces recordações, mesmo quando não mais existem. Abraços