Cumprimenta-me
Não me cumprimentes com sacrifício. Passa por mim e com pancadinhas secas nas costas, desfaz a situação idónea que criámos com toda esta formalidade. Eu tirei-me todo da manhã. Sou uma pessoa fria, com idênticas proporções de desdém por tudo o que mexe mais que a conta. Tu és fraternidade consubstanciada em dois olhos que se interrogam com a prática difusa de questionar que tornou o homem no verme antropofórmico que é. Não se escrevem coisas como as nossas. Só mesmo a dizer é que as pessoas acreditam que há gente inocente o suficiente para acreditar nos sons inconsequentes que a rotina retira de presenças como as nossas.
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Viernes, Agosto 6, 2010 - 18:19
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Comentarios
Re: Cumprimenta-me
Bom poema!!!
Nota: a hora em que foi postado - 19:19:19
;-)
Re: Cumprimenta-me
Gostei imenso do seu texto! destaco: "Sou uma pessoa fria, com idênticas proporções de desdém por tudo o que mexe mais que a conta. Tu és fraternidade consubstanciada em dois olhos que se interrogam com a prática difusa de questionar que tornou o homem no verme antropofórmico que é."
bj*
Re: Cumprimenta-me
Este é um texto antropomórfico. Que se devora a si próprio.
Obrigado por teres reparado nisso.