Poesias Inéditas - O Amor

O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Lunes, Septiembre 28, 2009 - 16:27

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 22 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dizem? 0 960 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dobre 0 670 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme enquanto eu velo... 0 1.467 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme, que a vida é nada! 0 983 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Dorme sobre o meu seio 0 991 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Do vale à montanha 0 1.126 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Durmo. Se sonho, ao despertar não sei 0 920 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cansa Sentir Quando se Pensa 0 1.271 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cerca de grandes muros quem te sonhas Conselho 0 1.360 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Cessa o teu canto! 0 1.219 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove. É dia de Natal 0 791 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva 0 1.292 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Chove ? Nenhuma chuva cai... 0 1.183 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Começa a ir ser dia 0 1.119 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como a noite é longa! 0 1.316 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como inútil taça cheia 0 1.693 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Como uma voz de fonte que cessasse 0 1.566 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Conta a lenda que dormia 0 1.171 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Contemplo o lago mudo 0 1.169 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Contemplo o que não vejo 0 1.070 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Aqui onde se espera 0 1.429 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As horas pela alameda 0 886 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As minhas Ansiedades 0 1.074 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Assim, sem nada feito e o por fazer 0 901 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - As tuas mãos terminam em segredo 0 599 11/19/2010 - 16:55 Portuguese