Poesias Inéditas - Parece às vezes que desperto

Parece às vezes que desperto

Parece às vezes que desperto
E me pergunto o que vivi;
Fui claro, fui real, é certo,
Mas como é que cheguei aqui?

A bebedeira às vezes dá
Uma assombrosa lucidez
Em que como outro a gente está.
Estive ébrio sem beber talvez.

E de aí, se pensar, o mundo
Não será feito só de gente
No fundo cheia de este fundo
De existir clara e èbriamente?

Entendo, como um carrocel;
Giro em meu torno sem me achar...
(Vou escrever isto num papel
Para ninguém me acreditar...)

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Lunes, Septiembre 28, 2009 - 15:37

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 17 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sonhei, confuso, e o sono foi disperso 0 854 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sossega, coração! Não desesperes! 0 1.358 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sou o Espírito da treva 0 1.163 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Tenho esperança? Não tenho. 0 1.058 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Tenho pena até... nem sei. . . 0 781 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Todas as cousas que há neste mundo 0 1.079 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Uma maior solidão 0 885 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - ...Vaga História 0 1.050 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O céu de todos os invernos 0 803 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O meu coração quebrou-se 0 1.817 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O ruído vário da rua 0 706 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O som do relógio 0 975 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Outros terão 0 507 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Parece às vezes que desperto 0 1.088 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Parece que estou sossegando 0 1.084 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Pela rua já serena 0 1.163 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Paira no ambíguo destinar-se 0 958 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Dói viver, nada sou que valha ser. 0 1.091 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Doura o dia. Silente, o vento dura 0 976 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Análogo começo 0 738 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Por quem foi que me trocaram 0 2.855 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Qual é a tarde por achar 0 2.020 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Lá fora onde árvores são 0 818 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Leve no cimo das ervas 0 1.019 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Mais triste do que o que acontece 0 897 11/19/2010 - 15:55 Portuguese