Cancioneiro - Elas são vaporosas

Elas são vaporosas

MINUETE INVISÍVEL
Elas são vaporosas,
Pálidas sombras, as rosas
Nadas da hora lunar...

Vêm, aéreas, dançar
Com perfumes soltos
Entre os canteiros e os buxos...
Chora no som dos repuxos
O ritmo que há nos seus vultos...

Passam e agitam a brisa...
Pálida, a pompa indecisa
Da sua flébil demora
Paira em auréola à hora...

Passam nos ritmos da sombra...
Ora é uma folha que tomba,
Ora uma brisa que treme
Sua leveza solene...

E assim vão indo, delindo
Seu perfil único e lindo,
Seu vulto feito de todas,
Nas alamedas, em rodas,
No jardim lívido e frio...

Passam sozinhas, a fio,
Como um fumo indo, a rarear,
Pelo ar longínquo e vazio,
Sob o, disperso pelo ar,
Pálido pálio lunar ...

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Miércoles, Septiembre 30, 2009 - 16:36

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 23 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Às vezes entre a tormenta 0 939 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Atravessa esta paisagem o meu sonho 0 1.104 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Autopsicografia 0 1.016 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - (?) Azul ou verde ou roxo 0 911 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Baladas de uma outra terra 0 1.116 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Bate a luz no cimo... 0 910 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Brilha uma Voz na Noute ... 0 1.002 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Canção 0 820 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vendaval 0 688 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vou com um passo como de ir parar 0 874 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abat-Jour 0 1.339 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abdicação 0 799 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abismo 0 823 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A Grande Esfinge do Egito 0 801 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A minha vida é um barco abandonado 0 751 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A morte chega cedo 0 1.277 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Andei léguas de sombra 0 642 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A alcova 0 973 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Ao longe, ao luar 0 935 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Quanta mais alma ande no amplo informe 0 1.644 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Que suave é o ar! Como parece 0 775 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Relógio, morre 0 1.024 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se alguém bater um dia à tua porta 0 767 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se tudo o que há é mentira 0 1.021 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sim, tudo é certo logo que o não seja 0 1.512 11/19/2010 - 16:55 Portuguese