GLOSAS XVIII

18

Analia não é perjura,

Analia cede a seu fado.

Julguei deshumana, e dura
Minha amada, e sinto horror
Depois que me disse Amor:
«Analia não é perjura:»
Se o poder da desventura
Seu ardor tem subjugado,
E se um vinculo sagrado
A liberdade lhe prostra,
Quando em si crenças lhe mostra
«Analia cede a seu fado.»

Foi altar a sepultar,
Disse-me: — «Juro por esta
Medonha estancia funesta,
«Analia não é perjura:»
Inda Analia em cinza escura
Sentirá o ardor sagrado;
Ali será requintado
O extremo da sua ardencia
Inda que aqui na apparencia
«Analia cede a seu fado.»

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Lunes, Octubre 5, 2009 - 16:01

Poesia Consagrada :

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