Cancioneiro - Ilumina-se a Igreja por Dentro da Chuva

Ilumina-se a Igreja por Dentro da Chuva

Ilumina-se a igreja por dentro da chuva deste dia,
E cada vela que se acende é mais chuva a bater na vidraça...

Alegra-me ouvir a chuva porque ela é o templo estar aceso,
E as vidraças da igreja vistas de fora são o som da chuva ouvido por dentro ...

O esplendor do altar-mor é o eu não poder quase ver os montes
Através da chuva que é ouro tão solene na toalha do altar...

Soa o canto do coro, latino e vento a sacudir-me a vidraça
E sente-se chiar a água no fato de haver coro...

A missa é um automóvel que passa
Através dos fiéis que se ajoelham em hoje ser um dia triste ...
Súbito vento sacode em esplendor maior
A festa da catedral e o ruído da chuva absorve tudo Até só se ouvir a voz do padre água perder-se ao longe
Com o som de rodas de automóvel...

E apagam-se as luzes da igreja
Na chuva que cessa ...

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Martes, Octubre 6, 2009 - 15:11

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 51 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Mas eu, alheio sempre, sempre entrando 0 1.080 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Mas o hóspede inconvidado 0 1.207 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minha alma sabe-me a antiga 0 1.325 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minhas mesmas emoções 0 2.103 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minha mulher, a solidão 0 819 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Na noite que me desconhece 0 415 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Não digas nada! 0 825 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Não quero rosas, desde que haja rosas. 0 1.322 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - No Fim da chuva e do vento 0 695 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O abismo é o muro que tenho 0 725 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O Amor 0 898 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Fito-me frente a frente ( I ) 0 764 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Fito-me frente a frente ( II ) 0 543 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Flui, indeciso na bruma 0 706 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Glosa 0 907 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Glosas 0 799 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gnomos do luar que faz selvas 0 963 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gostara, realmente 0 1.536 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gradual, desde que o calor 0 846 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Grande sol a entreter 0 1.139 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Há uma música do povo 0 787 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Já ouvi doze vezes dar a hora 0 588 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Há um frio e um vácuo no ar 0 973 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Ladram uns cães a distância 0 1.064 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em torno ao candeeiro desolado 0 688 11/19/2010 - 15:55 Portuguese