SAUDADE DO CADERNO

Não sei para onde foi meu caderno.
Mas me lembro de ser bem moderno.
Escondia-o em minha tira-cola
E o folheava no recreio enquanto outros jogavam bola.

Não sei que fim levou meu caderno.
Não importa porque os versos
que escrevi neles são eternos.
Versos de amor e segredo.
Por isso tinha medo
De alguém ler a Poesia que fiz para Juliana
E cair nos ouvidos de Seu Pedro.

Não sei qual o paradeiro de meu caderno.
Ele riria ao ver que troquei os suspensórios pelo terno.
Meu fiel e primeiro amiguinho,
Refugo do Poeta verdinho.
O mundo de minha rudimentar fantasia.
Registro de minha primeira Poesia.

Não sei onde estará meu caderno.
Deve está em verão,
Por que estou em inverno.
Meu verso entristeceu,
E esperança desapareceu.
Ah, que saudade de meu caderno...

Francisco Piedade

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Viernes, Diciembre 4, 2009 - 22:08

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