Dolce Panda
O cheiro que tinha um dia o próprio vento.
Esse cheiro que o vento traz e diz saudade,
No despertar da Esperança, ao fim e ao Cabo
Pressente-se o regresso das caravelas inchadas,
Sentindo mais pesadas as perdas nas ondas pandas prenhas.
Dulce, sentada na areia,
Demora-se, ansiosa, espraia,
Folheia um livro de poemas,
Sentidos. Dos olhos,
Amêndoas de sereia
Derrama sal, e saudosa,
Espreita nas ondas e nas conchas
O som cheio no vento trazido.
Ele era um soldado
Embarcado, desgraçado,
Desterrado nas naus
Pelo alcaide-mor,morto.
A jovem Dulce, prenha espera
E desespera a chegada
das caravelas inchadas,
com um orfão nas entranhas.
estranhas vindas e idas das caravelas pandas.
Jorge santos
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Lunes, Diciembre 21, 2009 - 13:01
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