uma mão
ruídos sincopados de carris
embalam docemente os sentidos
que descansam em olhares adormecidos
nas memórias acenadas duma mão.
olhando a janela distraída
do lugar sorteado onde me sento
avisto a imagem distorcida
sem face, sem corpo e num momento
reconheço tua mão embevecida
sorrindo para mim, dando-me alento.
ouço no entanto, já bem distante
um grito uniforme de agonia
que ecoa no cais e que atraía
agora um mar de solidão.
os azulejos choram, em sintonia
acabando com toda a policromia
que à partida alindava a estação.
ruídos sincopados de carris
turvaram de cinzento o coração
deixando marcado um acenar
longínquo e sentido duma mão.
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Miércoles, Enero 13, 2010 - 01:37
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