chuva morna de verão
a chuva morna de verão
tomba em ti, cai devagar
pendura-se em muitas gotas
como artistas de trapézio
em cabelo que tu soltas
e com mortais de ar quente,
depois de um balançar,
escorre perdidamente
num sorriso envolvente
prendendo em ti, meu olhar
vejo os teus lábios molhados
imagino o sabor
sentido quando tocados
pelos meus, secos, fechados
sedentos do teu amor
desejo chuva constante
para ter em cada instante
teu corpo assim desenhado
em vestido em ti colado
traço as linhas dos teus seios
adivinho teus anseios
sou por ti enfeitiçado
numa pele arrepiada
que percorro lentamente
deixo marcas de desejos
solto o rasto dos meus beijos
em trilha delineada
numa provável ilusão.
são molhados ternamente
pela chuva irreverente
que te despe docemente
nesta noite de verão
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