Resistansen
Vamos brincar de roleta russa,
Um revólver falsificado, um rosto novo.
Vodka na mesa, pessoas sorrindo,
Encenando uma frágil satisfação.
Meus estranhos se tornaram familiares,
Mas eu nunca os conhecí,
Nunca reconhocí qualquer gesto ultrapassado
Que não faz de mim vítima ou mera circunstância.
Eu não jogo mais nesse jogo...
Alguém perdeu, alguém levou embora a recompensa.
Mas, chamemos novos parceiros à mesa,
É divertido, sempre foi assim, não é?
Vamos brindar àqueles que não resistiram,
Aqueles que virão, inocentementes à essa mesa.
Atraídos pelos nossos belos sorrisos, sucumbirão.
É o charme que nunca morre.
Talvez eu esteja prestes a abandonar velhos hábitos,
E apostar que consigo ser capaz disso e mais.
Me apavora a idéia de compartir, outra vez,
Uma roleta russa com velhos comparsas, já mortos em mim.
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