Gráças

Se a essência de uma lágrima solvesse teu coração...
Assim:
Com a simplicidade brotando do olhar;
Choraria,com alegria, para cada palma da mão
Para dar de beber ao amor, verdadeiro, de paz, de amar.
- Páira sobre os Homens, uma nuvem de preócupação
Obstinada, que nem há vida sabem sorrir;
Só se envolvem consigo próprios, num manto de escuridão;
Que, por mais que brilhe, nem o sol lhes a consegue despir...
- Amontoou-se no céu, uma cortina sombria de nuvens baixas,
Quando reparei, que, algumas pessoas riam de mim à sucapa;
Podia rir à vontade que eu pouco me ralava:
Eram suas gráças;
Mas, o mesmo se passava, na época do granizo e da neve, por de baixo da minha capa...
- Gargalhavam-se tresloucados, com caras de macacos;
Esboçando no olhar, o trejeito irónico da malvadeza...
No meu coração pairou a atitude serena, que os dexou entravados;
E, no meu passo confiante, seus olhos manifestavam alguma incerteza...
Fico aqui, de pé, a olhar para o ontem que a vida me ofereceu
Lamentando o presente, atrás das grades enfeitiçadas...
- Claro que tenho amigos! ...
Vejo muitas vezes os olhos deles: Sou eu! ...
Sou eu, com a dificuldade de disfarçar o desespero, nas palavras declaradas.

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Viernes, Abril 16, 2010 - 05:44

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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