Horizonte

Contemplar, sozinho, o horizonte, é uma tarefa para o homem que consegue dialogar consigo mesmo.

Contemplar o horizonte é como contemplar o fim do mundo,
Dá um aperto no peito, e uma vontade de buscar algo perdido...

Do mirante, ouvindo somente a voz sussurrante do vento, e avistando a linha última do plano circular, a subjetividade do observador assoma.

Pensamentos tornam-se audíveis... e medos tornam-se palpáveis.
Perde aquele que não consegue encontrar-se consigo mesmo.

No centro do mundo, rodeado por um plano esférico limitado, o observador perde a Visão... e mergulha num abismo interior.

No centro de si mesmo, no âmago que foge a todo entendimento, ele chora...
E suas lágrimas regam a terra do plano inferior ao mirante.

Nasce na terra uma esperança... em forma de uma vida fugaz.
E o observador contempla com a alma a beleza do fruto de seu pranto.

Do interior de si mesmo nasce uma luz, que ilumina sonhos esquecidos...
Ah, quanto ainda chora o observador!

A dor que sentira vai sendo substituída por um desejo,
E ele agarra um sonho pelas asas, e o abraça com carinho.

O observador recobra a visão, e contempla com novo olhar o horizonte.
Com aquele novo olhar ele descobre algo novo...

O fruto de seu pranto resistiu às intempéries do tempo,
E gerou por si mesmo algumas verdades...

Não existe vida sem tormento... não existe vida sem felicidade,
Não existe vida sem amor...

Existe o homem que não tem coragem de sondar a si mesmo,
Existe o homem que nem mesmo sabe que está vivo...

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Martes, Noviembre 11, 2008 - 16:25

Poesia :

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andersonc

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Comentarios

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Re: Horizonte

Muito bom, gostei de ler!

:-)

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Re: Horizonte

Um meditar sobre a elevação do homem por entre a linha que pode mudar uma vida.
Desafiador e desafiante!

Abraço

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