Oito vidas

Abismou-se a felina na aura mais negra,
a bordo da noite dos transbordados de frondosas garras,
sendas cercadas e até outras ígneas.
Encontra na última, a sétima e definitiva morte,
o romper do seu perplexo estilo de suícida incompleto.
Corta o fio que a atava à imortalidade com prazo de validade certa,
por incapacidade congénita de quem não consegue descodificar os quiméricos gestos que incendeiam as vidas in-certas.

Que triste ter tido sete vidas
ou esse corpo de felina!

Eis que morre a felina, Nasce a mulher
com um sorriso perene de multiplasfaces
Desperta para a vida com unhas e dentes
velando pelos da sua estirpe:
Indomáveis Mulheres Mortais.

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Domingo, Marzo 30, 2008 - 16:08

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Comentarios

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Re: Oito vidas

Um fio que nos ata á imortalidade. Gostei...bj

Imagen de Andarilhus

Re: Oito vidas

de facto... de garra bem afiada!
Metamorfose da rebeldia intrépida e aguçada para a ponderação defensiva... parece-me. Mas, com felinos nunca se sabe :)
"(º0º)"

Imagen de MariaSousa

Re: Oito vidas

Gostei muito da força deste poema e das metáforas utilizadas.

Bjs

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