nostalgia
As cortinas voam soltas
Ondulam à brisa fresca
Filtrando a luz de cristal
Convertida à Primavera.
Pinta-se o mundo e as flores
Solta-se o perfume breve
Que envolve a calma das horas.
Dos confins do pensamento
Chega ao estremo dos sentidos
E a memória decepada
Evoca o loccus horrendus.
As pombas brancas e os morcegos
Traçam voos paralelos.
Cortam o céu nas mesmas asas.
A aparência e a essência.
Caminhos opostos
Para o mesmo destino.
Para lá desta rotina
Há uma energia estranha
Que faz devorar a noite
Como um lobo solitário
Absorvendo o tempo certo.
Ser livre mais uma vez
Como em tantas outras noites.
É o mais estranho dos vícios.
O que deixou mais saudades.
Quebrar regras e fronteiras
Trocar as voltas ao tempo
E divagar como zumbi
No caminho das estrelas.
Só mais uma madrugada
Para que a música domine
O império do passado.
E que o sol se erga bem alto
Sem que isso me preocupe.
Como uma trepidação.
Abandonar se sentidos
Os restos da escuridão.
Fecham-se abismos e grutas.
Esbatem-se as sombras do sonho
E a tarde é verde e luz.
O sol invade as janelas.
E demarca os seus domínios.
O oculto que me guia
Tem a voz dos meus mistérios.
É uma lua marinha
Que adormece a solidão.
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Comentarios
Re: nostalgia
Os teus poemas têm sempre algo de oculto e misterioso o que me agrada :-)
Bjs