Uma luz branca
Se a vida é a sucessão
De dias e de noites
Que seja ela em progressão
Temporizada
Por um relógio de sol
Erguido no pátio interior
De um templo de contemplação.
Onde cada hora lhe comporte
A luz serena da razão
E que mais nítidas lhe torne
As turvas imagens da visão.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
trás o sabor da terra na boca
e a vontade do vento presa nos pés.
É este estágio supremo
Que suspende o tempo
Sem o parar
Onde se atinge o equilíbrio
Sem atentar
Ao que, de real
Uma mentira tem de verdade
Descoberta
Por uma encoberta realidade.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
mata a sede nas poças de chuva
e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.
Seja a vida esta progressão
Temporizada
De dias e de noites iguais
Até ao juízo final, onde a morte
É a sucessão, anteriormente
Anunciada.
E da vida então vivida
Que se proceda no fim, à mutação
Quando a alma abandona o corpo
E se dê a comunhão
Do ser e do tempo já expirado
Com o restante universo
À luz de uma luz sempre branca.
Nuno Marques
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Comentarios
Uma luz branca/Nuno
Nuno,
Poema encantador, de uma beleza rara .A tua sensibilidade profunda de grande poeta cristalizou-se na excelência desse poema.
Adorei!!
Beijo
Suzete.
,
A luz...
Olá amigo!
Uma luz sempre branca que não poderia ter outro fim senão a beleza deste poema.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
mata a sede nas poças de chuva
e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.
Mais um poema para juntar à galeria daqueles que merecem ser lidos, relidos e apreciados.
Um abraço
rainbowsky
Soberba
Soberba a contrução.
A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.
O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!
Gostei bastante!
Soberba
Soberba a contrução.
A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.
O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!
Gostei bastante!